Qual a imagem da bicicleta para melhorar a
qualidade de vida.
Uma das grandes questões que se apresentam para os planejadores de
transportes em relação à bicicleta é de ordem comportamental, ou seja, qual a
imagem que o ciclista tem ao usar a bicicleta como meio de transporte, dentro
de uma sociedade que desenvolveu no imaginário das pessoas a idéia que o
automóvel é o símbolo máximo de status e liberdade, ao passo que associou o ciclista à idéia de fracasso. A situação só
mudará com um novo posicionamento da viagem da bicicleta enquanto produto
dentro da ótica do marketing e o desenvolvimento de um forte esquema de
comunicação para conseguir mudar a imagem do ciclista, mostrando para ele e
principalmente para os usuários de outros modos de transportes, e da sociedade
de forma geral que a bicicleta agrega valores em termos de qualidade de vida
tanto no que diz respeito à fluidez do trânsito de maneira geral como para o
meio ambiente conforme o quadro anexo.
Um breve roteiro para
planejamento
O planejamento de um sistema cicloviário, em função do grau de
inovação, deve antes de qualquer coisa levar em conta os seguintes conceitos
desenvolvidos a partir da abordagem ambiental cenário de 2.010 em função da
escassez energética e da poluição.
Transversalidade: Um Programa dessa ordem deve ser amarrado, no
caso de uma prefeitura alem do gestor de transporte e trânsito no mínimo as
secretarias de educação em função de programas de pilotagem defensiva, de saúde
e de esportes em função de programas de condicionamento físico, e alimentação
adequada e de comunicação em função de todo esquema de divulgação envolvida num
plano desse e a sociedade usuários e não usuários e evidente com as secretarias
de meioa ambiente em função desse escopo e da matriz energética.
Sustentabilidade: Um programa desse tipo que agrega valores em
termos de qualidade de vida tem que ser desenvolvido na sua implantação a
partir da visão do ganho que a cidade
terá em termos de redução da poluição e de uma matriz energética dos
transportes com menor impacto no que diz respeito a combustível fóssil. Também
deve ser a possibilidade de um programa
desse tipo se viabilizar financeiramente
através de parcerias dentro da ótica da responsabilidade social, bem como
através de unidades estratégicas de negócios como o bicicletário de Mauá junto
à estação da CPTM e operado, através de terreno cedido a título precário para
uma associação de ciclistas, hoje esse bicicletário recebe 800 bicicletas/dia a
um custo por parte do usuário de R$ 7,00 / mês.
Controle social: É a participação da população, os ciclistas e a
sociedade em geral a partir da capacitação de agentes multiplicadores que
garantem o êxito de um programa com um grau de inovação tão grande como esse.
Esses são os pressupostos que garantirão a capacidade política de um
programa como esse.
Ao mesmo tempo parte-se para o levantamento:
Do sistema viário,
Do sistema de transportes
Dos pólos geradores de viagens
A partir desse levantamento e da estimativa da população a ser atendida
realizar um programa de pesquisas quantitativas e qualitativas, para finalmente
definir o Programa Cicloviário em termos de formas de circulação (ciclovias,
ciclofaixas e circulação partilhada), formas de sinalização (vertical,
horizontal e semafórica), formas de estacionamentos (bicicletários e
paraciclos) formas de identificação (marcas e cores) e sua área de abrangência.
Modelo de Gestão
O modelo de gestão de um Programa cicloviário deve ser ao mesmo tempo
representativo e enxuto. Representativo no sentido de envolver elementos da
transversalidade já citada, e enxuto no sentido de apresentar uma agilidade de
implantar as medidas necessárias em termos de projetos e atividades e negociar
com a iniciativa privada implantação de unidades estratégicas de negócios como
bicicletários e publicidade em mídias predefinidas nos mobiliários urbanos
inerentes a um sistema cicloviário e a todo material impresso e eletrônico
fundamental ao êxito de um programa desse tipo no limite final pode-se delegar
essa gestão até para associações de ciclistas usuários desse sistema
cicloviário.
por: Arquiteto Sérgio Luiz Bianco - Coordenador GT Bicicleta ANTP
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