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segunda-feira, 5 de março de 2012

Um pouco sobre Intervenção urbana.

O que é intervenção urbana?

Intervenção Urbana é o termo utilizado para designar os movimentos artísticos relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços públicos. No início, um movimento underground que foi ganhando forma com o decorrer dos tempos e se estruturando. Mais do que marcos espaciais, a intervenção urbana estabelece marcas de corte. Particulariza lugares e, por decupagem, recria paisagens. Existem intervenções urbanas de vários portes, indo desde pequenas inserções através de adesivos (stickers) até grandes instalações artísticas.

"O que hoje chamamos de intervenção urbana evolve um pouco da intensa energia comunitária que floresceu nos anos de chumbo. Os trabalhos dos artistas contemporâneos, porém, buscam uma religação afetiva com os espaços degradados ou abandonados da cidade, com o que foi expulso ou esquecido na afirmação dos novos centros. Por meio do uso de práticas que se confundem com as da sinalização urbana, da publicidade popular, dos movimentos de massa ou das tarefas cotidianas, esses artistas pretendem abrir na paisagem pequenas trilhas que permitam escoar e dissolver o insuportável peso de um presente cada vez mais opaco e complexo." Maria Angélica Melendi

"Cabe observar que, atualmente nas artes visuais, a linguagem da intervenção urbana precipita-se num espaço ampliado de reflexão para o pensamento contemporâneo. Importante para o livre crescimento das artes, a linguagem das intervenções instala-se como instrumento crítico e investigativo para elaboração de valores e identidades das sociedades. Aparece como uma alternativa aos circuitos oficiais, capaz de proporcionar o acesso direto e de promover um corpo-a-corpo da obra de arte com o público, independente de mercados consumidores ou de complexas e burocratizantes instituições culturais."Wagner Barja
Texto retirado de : intervencaourbana.org

Agora alguns exemplos de intervenções urbanas:





































sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Masdar city - cidade sustentável



A incorporação da sustentabilidade na urbanização e planejamento do desenvolvimento de cidades interfere diretamente nas mudanças climáticas. A infraestrutura utilizada nas cidades está ligada diretamente a utilização massiva de recursos naturais. Esta utilização pode acontecer de 2 maneiras: cíclica ou linear. A utilização linear é a simples retirada do recurso da natureza e devolução ao ambiente de maneira transformada. Por exemplo, utilização de carvão para produção de energia e lançamento de GEE (gases efeito estufa) na atmosfera. A cíclica é quando utilizamos a saída como entrada de outro processo. Por exemplo, quando utilizamos resíduos orgânicos para geração de energia ou adubo. O resíduo que ficaria inerte em um aterro sem nenhuma outra utilização torna-se uma entrada do sistema energético ou do sistema agrícola. Esse é um dos princípios básicos da sustentabilidade e as cidades como organismo de fluxos diversos possui grande potencial para aproveitamento desta ferramenta. 






Masdar City, uma cidade concebida com este e outros princípios de sustentabilidade.



O projeto é do escritório Foster + Partners. Após a execução, os projetistas foram até o local para acompanhar se o que foi projetado realmente funcionava e realizaram diversas medições e conseguiram a redução de alguns graus quando compararam com outras cidades árabes.









fonte: bioclimática

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quinta Monroy


O projeto na localidade de Quinta Monroy na cidade de Iquique foi a primeira intervenção da Elemental. O programa proposto pelo governo chileno previa a necessidade de assentamento de 100 famílias que viviam de forma irregular e precária a mais de 30 anos. Apesar de tudo, o terreno estava em um local privilegiado em relação às redes de oportunidades da cidade. 

Iquique


A política habitacional chilena prevê um subsidio por parte do governo de 7.500 dólares por família para que sejam feitos a compra do solo, a infraestrutura e urbanização e a construção das moradias. No caso de Iquique o valor do solo era três vezes superior ao que normalmente uma habitação social pode pagar.



A prioridade de projeto foi a compra do terreno, evitando a segregação das pessoas que ali viviam, a partir disso, foi feito um estudo das possibilidades de implantação das residências. Em um primeiro estudo, haveria uma casa em cada lote, diminuindo o número de famílias beneficiadas pelo programa; em um segundo estudo o lote seria reduzido ao tamanho da casa o que, conseqüentemente, resultaria na super ocupação do terreno; uma terceira hipótese seria o aumento da densidade através do uso de blocos verticais, o que limitava o crescimento das residências, exceto no primeiro e no último pavimento.



A evolução do pensamento
Resolveu-se então fazer um edifício que possui apenas o primeiro e o segundo piso, o que possibilita o crescimento vertical, no caso do segundo piso, e horizontal, no primeiro piso. Ao invés de projetar a melhor unidade habitacional de 7.500 dólares projetou-se o melhor edifício de 750.000 dólares com possibilidade de crescimento e que abrigasse todas as famílias.



O resultado

O resultado foi a configuração de lotes de 9x9 m com duas residências em cada um, sendo que no primeiro pavimento a moradia possui 6x6m e pode crescer em toda a extensão do lote e, no segundo pavimento, a outra moradia possui 3x6 m podendo ser ampliada em 3 m para o lado. Após a decisão do projeto ocorreram reuniões com os beneficiados a fim de explicar o projeto arquitetônico e as regras de crescimento das habitações. 











Vídeos
http://www.youtube.com/watch?v=lyssl8dUiyk
http://www.vimeo.com/649598
fonte: Habitação e Cidade