A moradia, local de trabalho, sítio de recreio são lugares estáticos e estáveis. A circulação é o movimento, é o que torna a cidade diferente da sua fotografia, sem o qual a cidade não vive, não trabalha, não se diverte.
Com isso o transporte coletivo exerce o papel de fixador do homem no espaço, podendo influenciar na localização das pessoas, serviços edificações, redes de infra-estrutura e atividades urbanas.
O transporte determina a localização das atividades e as condicionas tanto para um ordenamento racional quanto para o ordenamento irracional. Considerando que a produção do espaço urbano constrói uma relação dialética quanto ao transporte e localização das estruturas, é importante que haja um planejamento racional. O transporte e as pessoas, em suas dinâmicas e características, podem influenciar o local como pode estruturar o transporte.
Segundo Ferraz e Torres (2001), as linhas de ônibus são classificadas conforme o traçado, função e corredores. Conforme o traçado, as linhas de transporte público podem sem classificadas em radial, diametral, circular, inter-bairros e local.
As linhas podem se classificar em convencionais, troncais, alimentadoras, seletivas e expressas. São três as mais utilizadas na prática: radial, em grelha e com linhas-tronco alimentadoras.
E O BRT, VLT E O METRÔ???
BRT - Bus Rapid Transit
O BRT é considerado, como uma opção de transporte para demandas que vão de 10.000 a 30.000 (para seus defensores 45.000?) pass/hora/sentido e com custo menor que as alternativas sobre trilhos.
Em cidades do Brasil já existem esse sistema de Corredor de ônibus total ou parcialmente segregado. Os ônibus podem ser compridos e com acesso em nível
- Suas estações possuem Pré-pagamento e Bilhetagem automática
- O controle central com AVL (GPS, Informações on-line, Comunicação)
- Velocidade da frota de ônibus é média elevada e de alta freqüência
- Este sistema necessita de condições operacionais que integrem os serviços: (local, expresso, alimentadores)
- O tempo de espera nas paradas (dwell time) é variável relevante no projeto do BRT, porque afeta o nível de serviço. Depende da demanda , da distância entre paradas, do tipo de bilhetagem, das dimensões do ônibus, do fluxo no veículo, das condições climáticas, etc.
VLT - VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS
É um sistema de transporte que está entre o metrô e o ônibus convencional, e, geralmente, não tem a sua faixa de tráfego exclusiva. Dependendo da tecnologia adotada. Um sistema de VLT pode garantir uma capacidade de transporte que varia entre 15 mil e 35 mil pass/h/sentido.
É necessário verificar alguns conceitos importantes quando se fala em VLT, tais como: leveza – que propicia menor consumo energético e desgaste da via –; acessibilidade – através do piso baixo e rampa de acesso para cadeiras de rodas –; e flexibilidade – com bom desempenho operacional tanto em via exclusivas (desenvolvendo maiores velocidades), como em meio ao tráfego rodoviário urbano com cruzamentos ao nível das ruas e operação por marcha à vista.
Os VLTs existem em inúmeras cidades do mundo, principalmente na Europa, e, comprovadamente, produzem significativos benefícios, tais como ordenação do tráfego urbano, redução dos níveis de poluição, melhoria da mobilidade urbana, dentre outras. No Brasil, o primeiro sistema VLT implantado, mas que nunca chegou a funcionar, foi o de Campinas. Além de Maceió, que possui o sistema mais moderno do país, várias outras capitais já estão implantando ou estudam a viabilidade e vantagens do VLT.
METRÔ
O metrô normalmente circula em regiões densas sobre o centro, por modo subterrâneo. Sua circulação é feita somente dentro de uma mesma cidade. As composições são formadas por 6 vagões, tendo no máximo 120 metros de extensão. O tempo de intervalo é, em média, de 90 a 130 segundos. As estações são mais próximas do que as do trem podendo atingir a velocidade de 80 km.
Lembrando ainda a existência dos Trens metropolitanos, que transportam passageiros através de diferentes cidades metropolitanas. Normalmente, circula em regiões menos povoadas; em geral seu deslocamento se dá na superfície, mas isto não é regra. Trens maiores têm em média 12 vagões, com cerca de 20 metros cada, totalizando assim 250 metros de extensão. As estações são mais distantes, o intervalo de uma composição para outra pode ser de, aproximadamente, 15 a 90 minutos, dependendo da localidade.
Fontes:
FERRAZ, A. C. P. e I. G. E. TORRES (2001) Transporte Público Urbano. Editora Rima, São Paulo.
Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) - http://www.cbtu.gov.br/
GONÇALVES, P. H. Revitalização do Centro Histórico de Anápolis. Universidade Estadual de Goiás. 2009.
ALOUCHE, P. L. Corredores urbanos de transporte para alta demandas. Seminário de Soluções Integradas de Transporte. Porto Alegre
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