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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Cuidado com o consumo de recursos naturais e manufaturados


As recomendações aqui pertinentes dizem respeito aos produtos utilizados e aos seus fornecedores,procurando se incorporar critérios de sustentabilidade na aquisição de bens e na contratação de serviços, perpassando outros aspectos relacionados à gestão do canteiro. Por suas conseqüências nos ecossistemas e em questões mais amplas, como a do aquecimento global pelo efeito estufa, a escolha da madeira e de seu fornecedor adquire grande importância. As principais recomendações são:

- Implementar medidas que levem à minimização das perdas incorporadas, envolvendo projeto, planejamento, oferta de produtos adequados (normalização técnica, conformidade, desempenho, coordenação modular, etc.), gestão da produção, equipamentos adequados, capacitação da mão-de-obra em todos os níveis, etc.
- Priorizar produtos reciclados ou que permitam posterior reaproveitamento.
- Preferir o uso de produtos disponíveis localmente.
- Considerar, ao definir o tipo de madeira a ser utilizada, as características das peças a serem detalhadas para adequar o projeto às medidas das peças disponíveis no mercado com o objetivo de evitar perdas por cortes e emendas desnecessárias.
- Comprar madeiras somente de empresas que possam comprovar a sua origem, seja por meio de certificação legal (FSC, SOF, Cerflor etc) ou de um plano de manejo aprovado pelo Ibama, com a apresentação de nota fiscal e documento de transporte.
- Utilizar espécies de madeiras alternativas às tradicionais que se encontram sob pressão de exploração.
- Substituir madeiras conservadas com venenos à base de cromo e arsênico.
- Realizar um projeto de fôrmas adequado e assegurar-se de sua boa fabricação e uso (montagem e desmontagem), permitindo que as mesmas sejam reutilizadas um grande número de vezes.
- Dar preferência à contratação ou à compra de fornecedores que sejam socialmente responsáveis: que não trabalhem com mão-de-obra informal; que estejam em dia com suas obrigações tributárias e fiscais; que participem de seus programas setoriais da qualidade, não praticando concorrência desleal e seguindo a normalização técnica e a legislação; que pratiquem uma política de remuneração, benefícios e carreira justa com seus funcionários e seus próprios fornecedores; que valorizem o trinômio ‘saúde, segurança e condições de trabalho’; que respeitem o ambiente.
- Dar preferência à contratação de fornecedores que seja capazes de demonstrar sua capacitação tecnológica para realizar o serviço especializado de execução para o qual estão sendo contratados.
- Preferir produtos acondicionados em grandes volumes; exigir que os fornecedores utilizem palettes retornáveis e recolham as embalagens já utilizadas; preferir fornecedores que proponham embalagens reduzidas ou que sejam flexíveis e possam ser compactadas, e que, sobretudo, possam ser reaproveitadas; planejar as entregas de modo a minimizar o consumo de embalagens.
- Dispensar cuidados especiais à proteção dos serviços acabados, evitando danos por ação mecânica (choques, quedas de objeto, etc.) ou deterioração (intempéries, ação do sol, calor, manchas, etc.).


Algumas dificuldades existem para a implementação dessas medidas, que precisam ser superadas pelo maior desenvolvimento tecnológico, relacionadas:

- à implementação de medidas que levem à minimização das perdas incorporadas;
- ao baixo número de produtos reciclados disponíveis no mercado;
- à pequena participação no mercado de empresas que possam comprovar a origem de sua madeira e ao preço ainda elevado das madeiras de origem certificada;
- à ausência de mecanismos para caracterizar fornecedores que sejam socialmente responsáveis;
- à ausência de mecanismos para caracterizar fornecedores capazes de demonstrar sua capacitação tecnológica;
- à problemas na cadeia de suprimentos (falta da cultura no uso de paletes; baixo emprego de equipamentos de transporte; ausência de planejamento de entregas; etc.).

referência bibliográfica: CARDOSO F. F., Canteiro - Inovações tecnológicas e Políticas Públicas

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tipos e características de lâmpadas


As lâmpadas dividem-se essencialmente em dois grandes grupos: lâmpadas de incandescência e lâmpadas de descarga.
Lâmpada de incandescência

É constituída por um filamento de tungsténio alojado no interior de um ampola de vidro preenchida com gás inerte. Quando da passagem da corrente eléctrica pelo filamento, os electrões chocam com os átomos de tungsténio, liberando energia que se transforma em luz e calor.

Temperatura do filamento: Superior a 2 000º C.
Vida útilEm média 1 000 horas de funcionamento.
Índice de restituição de cor: Possui geralmente um IRC de100.
Rendimento luminoso (lm/w):Têm o menor rendimento luminoso de todas as lâmpadas (cerca de 17 lm/W)
Temperatura de cor: 2.700 K
Lâmpada de halogêneo

Como as lâmpadas de incandescência, as lâmpadas de halogéneo possuem um filamento que emite luz com a passagem da corrente eléctrica. Parte do filamento, que é constituído por átomos de tungsténio, evapora-se durante o processo. Em termos de economia, as lâmpadas de halogéneo oferecem mais luz com potência menor ou igual à das incandescentes comuns, além de possuírem uma vida útil mais longa, variando entre 2.000 e 4.000 horas.São usadas em projectores com diversas aplicações interiores e exteriores e em particular nos faróis dos automóveis.
Lâmpada de néon


Os tubos de néon utilizados em anúncios são de vidro e contêm um gás rarefeito (néon, néon com vapor de mercúrio) dentro da ampola com dois eléctrodos nas extremidades.

Ao aplicar aos eléctrodos uma tensão suficientemente elevada, o tubo ilumina-se com uma cor que depende do gás utilizado.A tensão necessária para o funcionamento do tubo depende do comprimento do tubo, do seu diâmetro, bem como do gás utilizado. Geralmente são necessários entre 300V a 1 000V por metro de tubo.
Lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão

Esta lâmpada é constituída por uma ampola, dentro da qual existe um tubo de descarga com gás (néon ou árgon) e sódio depositado nas suas paredes.

A ionização do gás desta lâmpada tem e ser feita com uma tensão relativamente elevada (superior à da rede), pelo que se utiliza para o seu arranque um transformador.
É utilizada em iluminação de estradas, túneis, zonas ao ar livre, etc.
Características da lâmpada:
Emite praticamente uma só cor (amarelo – alaranjado).
Não permite a distinção das cores dos objectos que ilumina (fraco índice de restituição de cor).
Tem uma elevada eficiência luminosa (da ordem de 150 lm/w).
Tem uma vida útil elevada (cerca de 9 000 horas).
Tem um arranque lento, demorando entre 7 a 15 minutos a atingir o funcionamento normal

Lâmpada de vapor de sódio de alta pressão


Tem uma elevada eficiência luminosa até 140 lm/W, longa durabilidade e, consequentemente, longos intervalos para reposição..
Estas lâmpadas diferem pela emissão de luz branca e dourada, indicada para iluminação de locais onde a reprodução de cor não é um factor importante.
Amplamente utilizadas na iluminação externa, em avenidas, auto-estrada, viadutos, complexos viários etc., têm o seu uso ampliado para áreas industriais, siderúrgicas e ainda para locais específicos como aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos. 



Lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão (fluorescente)
Ao aplicar-se a tensão da rede a descarga dentro da ampola não é feita imediatamente. Entre as duas lâminas do arrancador vai saltar um arco eléctrico que provoca o aquecimento das lâminas e a sua deformação, fechando-se por ele o circuito. A ampola é revestida interiormente por pó fluorescente e tem no seu interior árgon e vapor de  mercúrio a baixa pressão. As substâncias fluorescentes do tubo têm a função de transformar as radiações invisíveis (ultravioletas) emitidas em radiações visíveis.
Lâmpada fluorescente compacta
Têm a mesma tecnologia das lâmpadas fluorescentes comuns.
Como podem ter temperatura de cor, tamanho semelhante às lâmpadas de incandescência e casquilho E27, são as suas substitutas naturais, especialmente devido à economia de energia proporcionada que pode ir até 80% e uma duração que pode ser 15 vezes maior.
Características:

Vida média: 8000 horas

Eficiência luminosa: 50 a 69 lm/W
Índice de reprodução de cor: 85
Temperatura de cor: 2700 K – luz amarela, semelhante à das lâmpadas de incandescência - 4000 K luz branca.
Potências nominais: 5, 7, 9, 11, 13, 18, 20, 22, 26 e 32W

Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão

Esta lâmpada tem dentro do tubo de descarga vapor de mercúrio e árgon e quatro eléctrodos: dois principais e dois auxiliares. A luz desta lâmpada é caracterizada por falta de radiações vermelhas, tomando uma cor branco – azulada (este inconveniente pode ser melhorado com a junção em série de um filamento de tungsténio, originando a chamada lâmpada mista).

Tem grande aplicação na iluminação de estradas, aeroportos, grandes naves industriais e geralmente em grandes espaços exteriores
Características da lâmpada:
Eficiência luminosa (média): 50 a 60 lm/w.
Vida útil (elevada): cerca de 9 000 horas.
Índice de restituição de cor: 40 a 48 conforme o modelo.

Lâmpada mista

Como o próprio nome diz, são lâmpadas compostas de um filamento ligado em série com um tubo de descarga. Funcionam em tensão de rede 230V, sem uso de reactância. O filamento de tungsténio vem também substituir o balastro na limitação da corrente em funcionamento normal.

São, via de regra, alternativas de maior eficiência para substituição de lâmpadas de incandescência de altas potências.
Possui IRC 61 a IRC 63 conforme modelo, cor amarela e eficiência luminosa até 22 lm/W.

Esta lâmpada relativamente à de incandescência:
É mais cara.
Tem uma eficiência luminosa um pouco mais elevada.
Tem um espectro luminoso mais equilibrado.
Tem uma vida útil de cerca de cinco vezes maior.
È utilizada frequentemente em iluminação interior, em substituição da lâmpada de incandescência. 
Lâmpada de iodetos metálicos

São lâmpadas que combinam iodetos metálicos, apresentando altíssima eficiência energética e excelente índice de reprodução de cor. Com uma luz, extremamente branca e brilhante, realça e valoriza espaços e ilumina com intensidade, além de apresentar longa durabilidade e baixa carga térmica.

Alta Potência: Para a iluminação de grandes áreas, com níveis de iluminância elevados e, principalmente, em locais onde a alta qualidade de luz é primordial, as lâmpadas de iodetos metálicos de 250 a 3500W são ideais.

Apresentam durabilidade variada e eficiência energética de até 100 lm/w.
São indicadas para iluminação de estádios de futebol, ginásios poli desportivos, piscinas cobertas, indústrias, supermercados, salas de exposição, salões, salões de teatros e hotéis, fachadas, praças, monumentos, aeroportos, locais onde ocorrem filmagens e filmagens externas.
Baixa Potência: Baseando-se nas características das lâmpadas de iodetos metálicos de alta potência, foram desenvolvidas as de baixa potência de 70 a 400W. Todas, sem excepção, apresentam pequenas dimensões, alta eficiência, óptimo índice de reprodução de cor, vida útil longa e baixa carga térmica.
Cada uma, dentro de sua característica, é recomendada tanto para uso interno como externo, na iluminação geral ou localizada. Ideais para shopping centers, lojas, vitrinas, hotéis, stands, museus, galerias, jardins, fachadas e monumentos.

Lâmpada led
O mercado da iluminação, está a passar por mais uma revolução no que se refere à forma de emissão da luz eléctrica, possibilitando novas aplicações e novas maneiras de iluminar ambientes e objectos.
Estamos a falar da luz gerada através de componentes electrónicos designados por LED -  Light Emitting Diode (Díodo Emissor de Luz).

Vantagens dos leds, relativamente às restantes fontes de luz:

Maior vida útil (50.000 horas) e consequente baixa manutenção;

Baixo consumo (relativamente às lâmpadas de incandescência) e uma eficiência energética (em torno de 50 lúmen/Watt);

Não emitem luz ultra-violeta (sendo ideais para aplicações onde este tipo de radiação é indesejada. Como por exemplo, quadros e obras de arte;
Não emitem radiação infravermelha, fazendo por isso que o feixe luminoso seja frio.
Resistência a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia de estado sólido, portanto, sem filamentos e sem vidro, aumentando a sua robustez.

Desvantagens dos leds, relativamente às restantes fontes de luz:
O índice de restituição de cor (IRC) pode não ser o mais adequado;Necessidade de dispositivos de dissipação de calor, nos leds de alta potência (a quantidade de luz emitida pelo led diminui com o aumento da temperatura).