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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ventilação Natural


Segundo Santamouris (2005), a ventilação natural é uma técnica muito importante e simples que quando usada apropriadamente, serve para:
a) Contribuir a resolver problemas de qualidade do ar interna através da diminuição de poluentes internos;
b) Melhora as condições de conforto térmico em ambientes fechados e;
c) Reduz o consumo de energia de edificações condicionadas mecanicamente.

Sendo que para que a ventilação seja uma estratégia de projeto efetiva, a concentração de poluentes externos deve ser menor que a dos poluentes internos; a temperatura externa deve estar dentro dos limites de conforto e a ventilação natural não deve causar outros problemas como ruído ou falta de privacidade.


O uso da ventilação como estratégia para um resfriamento passivo da edificação e para melhoria do conforto dos ocupantes depende da incidência de ventos no local. Para locais com vento estável e intensidade > 3.0 m/s, a ventilação é a estratégia de refrigeração mais simples e eficiente, enquanto o que o vento pode ser indesejável para To acima de 34 C, sendo também importante considerar o uso de ventilação mecânica complementar para períodos de calmaria (BITTENCOURT; CÂNDIDO, 2005).

Existem diversas estratégias de aplicação da ventilação natural no projeto, que podem ser pensadas de forma única ou atuando em conjunto; sendo algumas delas ilustradas nas Figuras a seguir.

-Ventilação cruzada: Ocorre quando o ar entra na edificação por um lado, passa pelo espaço interno e sai por outro lado. A configuração no fluxo do ar de uma edificação é determinada pelo tamanho e localização das aberturas de entrada do ar na parede, sendo que entre mais perpendicular seja a abertura à direção do vento predominante maior a sua eficácia; assim como pelo tipo e a configuração das aberturas usadas e a localização de outros componentes arquitetônicos próximos às aberturas (divisórias internas, protetores solares, marquises, etc.) (BITTENCOURT; CÂNDIDO, 2005)



- Ventilação através do efeito chaminé: Considera que a taxa de ventilação aumenta com a diferença de temperatura do ar, já que o ar interno mais quente tende a sair através de aberturas mais altas da edificação, sendo substituído por ar mais frio que entra através das aberturas mais baixas (Figura 14). A distância vertical entre as aberturas influi aumentando a taxa de ventilação quanto maior a distância na altura entre as aberturas.
                                 

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Ventilação noturna: Quando da incidência de ventos significativos no período noturno, esta estratégia pode ser usada para manter a temperatura interna confortável durante o dia, especialmente durante o verão, através do esfriamento da edificação à noite. O ambiente deve ter maior capacidade térmica. Podem ser usadas estratégias como a do “peitoril ventilado” ilustrada na Figura 15, para garantir tanto ventilação diurna quanto noturna no ambiente.

- Ventilação por baixo da edificação: Estratégia usada pelas construções em pilotis.

- Ventilação pela cobertura: As saídas de ar podem estar junto a cumeeira ou ventilação através do forro por meio de câmara de ar ventilada.

- Ventilação através de espaços intermediários (pátios): Estratégia usada geralmente para climas quentes e secos, que poderia se estender para outras regiões climáticas, através da qual sepermite, maior circulação do ar por meio de espaços intermediários associados a corredores e quartos que permitam uma circulação cruzada nos ambientes, o que pode ser alcançado por meio de venezianas associadas às portas internas dos ambientes.

- Fachada dupla ventilada: Atuam como zonas de transição entre o exterior e o interior, já que reduzem a perda de calor no inverno e o ganho de calor no verão por não ter-se uma radiação direta no ambiente. Quando se combina ventilação do espaço entre as duas fachadas, melhora o seu desempenho. A fachada dupla pode consistir também numa fachada verde por meio de pergolado vertical com vegetação.



- Ventilação com efeito chaminé balanceado: Segundo Ghiaus e Roulet (2005), nesta estratégia o ar entra numa chaminé onde a temperatura está perto da externa, passa através do ambiente e sai através de outra chaminé que carrega o ar mais quente, como ilustrado na Figura 16.

Para climas quentes e secos pode ser colocado spray de água dentro da chaminé de entrada do ar, incorporando junto à estratégia de resfriamento evaporativo passivo. Também através do aquecimento de um dos dutos de ventilação, aumenta-se a pressão o que resulta numa diferença de temperatura maior do que nos sistemas convencionais.

fonte: Levantamento do estado da arte: Energia; Projeto Tecnologias para construção habitacional mais sustentável Projeto Finep 2386/04, São Paulo, 2007




sábado, 11 de fevereiro de 2012

Painéis fotovoltaicos em formato de Spray??


Painéis solares espaçosos e desajeitados são coisa do passado! Prédios inteiros, coberturas e até mesmo janelas podem receber um spray revolucionário de tinta de nanopartículas que canaliza energia solar em um meio de transmissão discreto e relativamente barato!
sprayEmbora soe estranho, essa tecnologia é de fato mais barata que a utilizada atualmente para captação de energia solar (os tradicionais painéis). “O sol é uma fonte praticamente inesgotável de energia, mas as atuais tecnologias de captação ainda tem um custo proibitivo, não podendo competir com combustíveis fósseis”, diz o engenheiro químico Brian Korgel, da Universidade do Texas em Austin, cuja equipe está desenvolvendo as células solares baseadas em spray.
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Enquanto os painéis atuais são construídos à base de silício, a proposta baseia-se em selenieto de cobre, índio e gálio (CuInGaSe), nanopartículas (nanocristais) que resultam em uma superfície de absorção de energia solar 10.000 vezes mais fina que um fio de cabelo (!), de acordo com o Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA. O spray pode, portanto, dar a qualquer superfície a capacidade de absorver energia solar.
Embora ainda em fase de testes com protótipos, a pesquisa já foi publicada no prestigiado Journal of the American Chemical Society, e é subsidiada pelaNational Science Foundation, pela Welch Foundation e pelo Laboratório de Pesquisas da Força Aérea dos EUA. Há a expectativa de chegar-se a um produto final para o mercado em cerca de 5 anos.
fontes: inhabitat e livescience