terça-feira, 25 de junho de 2013

TRANSPORTE COLETIVO (Mass Transport)


A moradia, local de trabalho, sítio de recreio são lugares estáticos e estáveis. A circulação é o movimento, é o que torna a cidade diferente da sua fotografia, sem o qual a cidade não vive, não trabalha, não se diverte.

Com isso o transporte coletivo exerce o papel de fixador do homem no espaço, podendo influenciar na localização das pessoas, serviços edificações, redes de infra-estrutura e atividades urbanas.

O transporte determina a localização das atividades e as condicionas tanto para um ordenamento racional quanto para o ordenamento irracional. Considerando que a produção do espaço urbano constrói uma relação dialética quanto ao transporte e localização das estruturas, é importante que haja um planejamento racional. O transporte e as pessoas, em suas dinâmicas e características, podem influenciar o local como pode estruturar o transporte.


Segundo Ferraz e Torres (2001), as linhas de ônibus são classificadas conforme o traçado, função e corredores. Conforme o traçado, as linhas de transporte público podem sem classificadas em radial, diametral, circular, inter-bairros e local.


As linhas podem se classificar em convencionais, troncais, alimentadoras, seletivas e expressas. São três as mais utilizadas na prática: radial, em grelha e com linhas-tronco alimentadoras.

E O BRT,  VLT E O METRÔ???

BRT - Bus Rapid Transit


O BRT é considerado, como uma opção de transporte para demandas que vão de 10.000 a 30.000 (para seus defensores 45.000?) pass/hora/sentido e com custo menor que as alternativas sobre trilhos.




Em cidades do Brasil já existem esse sistema de Corredor de ônibus total ou parcialmente segregado. Os ônibus podem ser compridos e com acesso em nível

- Suas estações possuem Pré-pagamento e Bilhetagem automática
- O controle central com AVL (GPS, Informações on-line, Comunicação) 
- Velocidade da frota de ônibus é média elevada e de alta freqüência 
- Este sistema necessita de condições operacionais que integrem os serviços: (local, expresso, alimentadores)
- O tempo de espera nas paradas (dwell time) é variável relevante no projeto do BRT,  porque afeta o nível de serviço. Depende da demanda , da distância entre paradas, do  tipo de bilhetagem, das dimensões do ônibus, do fluxo no veículo, das condições  climáticas, etc.

VLT - VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS

O veículo leve sobre trilhos (VLT) é uma modalidade de transporte de média capacidade


É um sistema de transporte que está entre o metrô e o ônibus convencional, e, geralmente, não tem a sua faixa de tráfego exclusiva. Dependendo da tecnologia adotada. Um sistema de VLT pode garantir uma capacidade de transporte que varia entre 15 mil e 35 mil pass/h/sentido. 
É necessário verificar alguns conceitos importantes quando se fala em VLT, tais como: leveza – que propicia menor consumo energético e desgaste da via –; acessibilidade – através do piso baixo e rampa de acesso para cadeiras de rodas –; e flexibilidade – com bom desempenho operacional tanto em via exclusivas (desenvolvendo maiores velocidades), como em meio ao tráfego rodoviário urbano com cruzamentos ao nível das ruas e operação por marcha à vista.

Os VLTs existem em inúmeras cidades do mundo, principalmente na Europa, e, comprovadamente, produzem significativos benefícios, tais como ordenação do tráfego urbano, redução dos níveis de poluição, melhoria da mobilidade urbana, dentre outras. No Brasil, o primeiro sistema VLT implantado, mas que nunca chegou a funcionar, foi o de Campinas. Além de Maceió, que possui o sistema mais moderno do país, várias outras capitais já estão implantando ou estudam a viabilidade e vantagens do VLT.
METRÔ 


O metrô normalmente circula em regiões densas sobre o centro, por modo subterrâneo. Sua circulação é feita somente dentro de uma mesma cidade. As composições são formadas por 6 vagões, tendo no máximo 120 metros de extensão. O tempo de intervalo é, em média, de 90 a 130 segundos. As estações são mais próximas do que as do trem podendo atingir a velocidade de 80 km.



Lembrando ainda a existência dos Trens metropolitanos, que transportam passageiros através de diferentes cidades metropolitanas. Normalmente, circula em regiões menos povoadas; em geral seu deslocamento se dá na superfície, mas isto não é regra. Trens maiores têm em média 12 vagões, com cerca de 20 metros cada, totalizando assim 250 metros de extensão. As estações são mais distantes, o intervalo de uma composição para outra pode ser de, aproximadamente, 15 a 90 minutos, dependendo da localidade.

Fontes:

FERRAZ, A. C. P. e I. G. E. TORRES (2001) Transporte Público Urbano. Editora Rima, São Paulo.
Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) - http://www.cbtu.gov.br/
GONÇALVES, P. H. Revitalização do Centro Histórico de Anápolis. Universidade Estadual de Goiás. 2009.
ALOUCHE, P. L. Corredores urbanos de transporte para alta demandas. Seminário de Soluções Integradas de Transporte. Porto Alegre

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia dos Namorados e suas intervenções.

Em especial ao dia de hoje, irei postar os trabalhos expostos da competição de 2013 para a intervenção Valentine’s Day na Times Square. Desejo a todos um feliz dia dos namorados!

HAPPY HEARTS NYC

EASTON+COMBS


Holler Architecture


LOVE LETTERS


VENCEDOR: HEARTWALK

Em sequência os videos de 2010 a 2013.

2010 - Ice Heart by Moorhead & Moorhead

2011- Lighthearted by Lauren Crahan and John Hartmann


2012 - BIG ♥ NYC 2012


2013- Situ Studio: Heartwalk

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O PROCESSO DO PROJETO




Bom pessoal depois de muito tempo sem postar nada... voltei! Estarei postando aqui alguns trechos a respeito do processo de projeto e um pouco sobre sua complexidade. O texto foi retirado do artigo Reflexão sobre metodologias de projeto arquitetônico de autoria de Kowaltowski, D. C. C. K. et al. publicado na revista Ambiente Construido de 2006.

Em arquitetura, o processo de criação não possui métodos rígidos ou universais entre profissionais, muito embora possam ser atestados alguns procedimentos comuns entre projetistas. O processo é complexo e pouco externado pelo profissional. O campo projetivo arquitetônico situa-se numa área intermediária entre ciência e arte, tendo que responder a questões não perfeitamente definidas e permitindo múltiplas abordagens (DÜLGEROGLU, 1999; JUTLA, 1996). Há subáreas (representação da forma, história e teoria de construções e estudo das estruturas, entre outras) que se desenvolvem de maneira independente, cada uma com um tipo de dialeto, sendo necessário integrá-las na concepção do projeto. O campo também possui o conhecimento universal para fazer normas e padronizações e o conhecimento específico para cada caso. Assim sendo, todo problema é único e, portanto, cada solução está baseada em um conjunto diferente de critérios.



São grandes as dificuldades de enquadrar as características do processo projetivo em metodologias de projeto, uma vez que o processo de criar formas em arquitetura é, na maioria das vezes, informal, individual ou simplesmente pertence a escolas de regras estéticas (KOWALTOWSKI; LABAKI, 1993). Estudos do processo criativo indicam pelo menos cinco tipos de heurísticas aplicadas na solução de projetos (ROWE, 1992; LAWSON, 1997; HEARN, 2003):

(a) analogias antropométricas: baseiam-se no corpo humano e nos limites dimensionais;
(b) analogias literais: uso de elementos da natureza como inspiração da forma;
(c) relações ambientais: aplicação com maior rigor de princípios científicos ou empíricos da relação entre homem e ambiente, tais como clima da região, tecnologia e recursos disponíveis;
(d) tipologias: aplicação de conhecimento de soluções anteriores a problemas relacionados, podendo-se dividir em modelos de tipos de construção, tipologias organizacionais e tipos de elementos ou protótipos; e
(e) linguagens formais: estilos adotados por grupos ou escolas de projetistas.

Pode-se considerar o processo de projeto como um conjunto de atividades intelectuais básicas, organizadas em fases de características e resultados distintos. Essas atividades são análise, síntese, previsão, avaliação e decisão. Na prática, algumas atividades podem ser realizadas através da intuição, algumas de forma consciente e outras a partir de padrões ou normas (LANG, 1974).

O projeto arquitetônico faz parte da família de processos de decisão. O processo de decisão em um projeto pode utilizar a descrição verbal, gráfica ou simbólica, isto é, vários mecanismos de informação, para antecipar analiticamente um modelo e seu comportamento (ROSSO, 1980). Podem-se ainda considerar as principais fases do modelo geral da tomada de decisão, que, traduzidas pela prática profissional dos projetistas, dividem-se em programa, projeto, avaliação e decisão, construção e avaliação pós-ocupação. Em cada fase, pode ser realizada uma série de atividades (LANG, 1974).
Continuarei a respeito do tema em outro post. Até.