sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A importância da Acessibilidade


A toda pessoa é garantido o direito universal de ir e vir, estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU e incorporado à Constituição brasileira. No entanto, nem sempre todos os cidadãos podem exercer este direito. Barreiras ambientais, físicas, econômicas, sociais e pessoais os impedem. Tais restrições atingem de forma bastante contundente as pessoas com restrição de mobilidade, que sofrem ainda com um outro tipo de barreira atitudinal: o preconceito.

Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população.

Durante as aulas de projeto vejo muitos alunos reclamando das dificuldades de se desenvolver um projeto dentro das normas de acessibilidade (NBR 9050), isso nada mais é o estudante aprendendo a projetar dentro da legislação brasileira ( A Lei de Acessibilidade — Decreto Federal 5.296 de 2004); que em grande parte das vezes não é praticada e muito menos fiscalizada pelos setores responsáveis. Tal cenário vergonhoso no Brasil não da a justificativa da omissão da prática dentro do meio acadêmico (pelo menos!). Não irei discorrer muito sobre o assunto, acho que imagens são mais fortes que palavras... na verdade a vivência é a melhor maneira de aprendizado. Separei alguns vídeos e imagens sobre o tema... até +. 











quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Telhado Verde, e ai?


Vou dar uma parada com a Luminotécnica e hoje irei falar a respeito de Telhados Verdes. Em meio a uma aula essa semana os aluno apresentaram algumas propostas tirando partido dos telhados verdes. Muitas pessoas pensam que os greenroofs são as mil maravilhas, mas, na hora da especificação deve-se balancear muito bem o real uso dos telhados verdes, principalmente no quesito MANUTENÇÃO. 
Estava dando uma pesquisada e realmente os materiais nacionais quase todos falam apenas dos benefícios a respeito desse tipo de cobertura, então foi atrás de material internacional. Irei postar agora um pouco dos dois lados da moeda:


Integridade impermeabilização
Vazamento de água a partir  dos sistemas de drenagem ou danos provocados pelas raízes  podem levar a danos interior se o sistema de membrana de impermeabilização, barreira para as raízes e a camada de drenagem não forem devidamente selecionadas.
Existem áreas mais vulneráveis que outras, como por exemplo paredes verticais, tubos de ventilação de teto, áreas de perímetro, etc. Após a instalação da membrana de impermeabilização, realizar um teste de inundação de água a fim de garantir o controle de qualidade, antes da aplicação de outras camadas.

Requisitos de irrigação
"Em um clima quente e seco (isso lembra Goiás), não é ambientalmente saudável para ter um telhado verde que se exige de irrigação para estabelecer ou manter como um telhado verde?"

Primeiro de tudo, um clima quente e seco é possível listar as plantas que são extremamente seca e tolerantes ao calor. Muitas espécies que crescem em pleno sol têm desenvolvido mecanismos para reduzir a evaporação da folha, por exemplo, cera de folhas revestidos e espinhos.
É claro que qualquer paisagem exigindo uma irrigação regular seria uma manutenção de custo elevado e dispendioso em termos de consumo de água e de custo suplementar. Se você criar um campo de golfe em um telhado verde, então não seria muito ambientalmente saudável devido a esses fatores, além dos aspectos negativos da monocultura do gramado.

Se for comparado todos os processos naturais que são imitados às suas necessidades de irrigação potencial, os telhados verdes ainda seriam considerados ambientalmente saudável, embora não necessariamente auto-sustentável.



Valores Estéticos: 
A estética de telhados verdes sempre são positivos? 
Se não for planejado corretamente, uma aparência desagradável pode ser o resultado. Claro, se você está tentando recriar um ambiente projetado para atrair a vida selvagem, o resultado então não será o problema.
Além disso, a natureza das plantas precisa ser muito bem estudada na medida em que as flutuações sazonais, períodos de seca severa e calor será refletido no olhar das próprias plantas.Portanto, cores, alturas e densidades vontade mudança mais provável com as estações do ano.
O desejo de todos é que o telhado tenha nenhuma manutenção ou uma baixa manutenção, então o projeto deve especificar muito bem as plantas e a colocação dos materiais. A beleza está nos olhos de quem vê, mas certamente os muitos argumentos para os benefícios ecológicos e econômicos de greenroofs pode superar esteticamente projetos fracos. 

Outras desvantagens que eu retirei de um site da UFSC: 
Carga adicional
        A implantação de um teto jardim numa edificação acrescenta em sua carga estrutural valores que variam de acordo com o caráter - intensivo ou extensivo – da cobertura vegetal.
        O teto jardim intensivo implica numa carga adicional maior do que o teto extensivo. Isso acontece devido a fatores como: a possível circulação e permanência de pessoas; a utilização de espécies vegetais de maior porte, o que implica num aumento da espessura da camada de substratos, que, por sua vez, faz com que haja necessidade de uma maior capacidade retentora de água nessa cobertura.
    Exposição à ação de raízes
        A camada impermeabilizante pode sofrer danos causados pelo crescimento das raízes das plantas usadas na cobertura. Porém, esse risco de danificação pode ser evitado com a utilização de camadas impermeabilizantes anti-raízes, desenvolvidas para que estas não sirvam de fonte de nutrientes para as raízes.
    Manutenção
       As coberturas ecológicas precisam de manutenção periódica, cuja freqüência é maior para a cobertura intensiva, podendo ser mensal, e menor para o teto jardim extensivo, que pode ser tratado uma vez por ano. Contudo, devem ser analisadas as particularidades de cada cobertura verde para que se definam forma e periodicidade ideais de manutenção.
    Investimento inicial
        Para a instalação eficiente de um teto jardim é necessário um investimento inicial considerável. No entanto, esse tipo de cobertura é mais rentável a longo prazo, já que propicia uma economia de energia e expectativa de vida mais longa da própria cobertura e da estrutura da edificação.
    Construção
        As coberturas ajardinadas precisam de cuidado especial ao serem construídas, pois caso sejam mal executadas, podem provocar vários problemas na edificação. A colocação das camadas que integram o teto jardim e o tratamento dos pontos singulares devem ser realizados com as devidas precauções para evitar danos mecânicos. Por isso, a implantação de coberturas ecológicas exige uma mão-de-obra qualificada.

No próximo post irei falar das vantagens.

Fontes
http://www.cbc.ca/news/background/environment/
http://www.greenroofs.com/
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2006-1/teto_jardim/vantagens_e_desvantagens.htm

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Conceitos de Luminotécnica. Parte 2

 IRC – O índice de reprodução de cor é baseado em uma tentativa de mensurar a percepção da cor avaliada pelo cérebro. Índice de Reprodução de Cores e a grandeza que define em quanto à luz artificial consegue imitar a luz natural do Sol. Quanto mais próxima da luz natural for à reprodução de cores, maior será esse numero e quanto menor for mais distante da reprodução de cores da luz natural será, ou seja, menos eficiente na reprodução de cores.

O método de avaliação, numa explicação bem simplificada, consiste na avaliação das cores padrões, quando submetidas à luz da fonte a ser analisada e sob a luz de uma fonte de referência que deveria ser um corpo negro (radiador integral), que apresenta um valo de 100%.

Um IRC em torno de 60 pode ser considerado razoável, 80 é bom e 90 é excelente. Claro que tudo irá depender da exigência da aplicação que uma lâmpada deve atender. Um IRC de 60 mostra-se inadequado para uma iluminação de loja, porém, é mais que suficiente para a iluminação de vias públicas.

Fonte:
SILVA, Mauri Luiz da . LEDs - Origem, atualidade, aplicações e futuro.
LUZ, Jeanine Marchiori. CURSO DE LUMINOTÉCNICA. UNICAMP

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Conceitos de Luminotécnica. Parte 1


Vou começar uma séria de postagens sobre os conceitos básicos de Luminotécnica, para quem tem interesse sobre o assunto, vou tentar contribuir o máximo que puder, vamos nessa:  

Temperatura de cor




Esta é a representação gráfica da variação da tonalidade da cor de luz e que é obtida através de uma analogia com a temperatura (calor em Kelvin), que sempre definirá que: quanto mais branca for a luz , mais alta é a temperatura de cor; quanto mais baixa for a temperatura de cor em Kelvin, mas amarelada será essa luz. 

Uma analogia para se entender melhor essa ligação da cor com a temperatura é no instante que um ferreiro coloca uma peça de ferro no fogo, esta peça passa a comportar-se segundo a lei de Planck e vai adquirindo diferentes colorações na medida que sua temperatura aumenta. Na temperatura ambiente sua cor é escura, tal qual o ferro, mas será vermelha a 800 K, amarelada em 3.000 K, branca azulada em 5.000K. Sua cor será cada vez mais clara até atingir seu ponto de fusão. 

A observação da experiência acima indica que, quando aquecido o corpo negro (radiador integral) emite radiação na forma de um espectro contínuo. No caso de uma lâmpada incandescente, grande parte desta radiação é invisível, seja na forma de ultravioletas, seja na forma de calor (infravermelhos), isto é, apenas uma pequena porção está na faixa da radiação visível.
A figura acima permite observar que quanto maior for a temperatura, maior será a energia produzida, sendo que a cor da luz está diretamente relacionada com a temperatura de trabalho (mais fria quanto maior for a temperatura).

Um aspecto importante é que a temperatura da cor não pode ser empregada isoladamente e sim em conjunto com o IRC ( ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR, será explicado no próximo post ), mas independentemente deste aspecto, aceita-se que cores quentes vão até 3.000K, as cores neutras situam-se entre 3.000 e 4.000K e as cores frias acima deste último valor. 

As cores quentes são empregadas quando se deseja uma atmosfera íntima, sociável, pessoal e exclusiva (residências, bares, restaurantes, mostruários de mercadorias); as cores frias são usadas quando a atmosfera deva ser formal precisa, limpa (escritórios, recintos de fábricas).


Fonte:
SILVA, Mauri Luiz da . LEDs - Origem, atualidade, aplicações e futuro.
LUZ, Jeanine Marchiori. CURSO DE LUMINOTÉCNICA. UNICAMP

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Conceito X O Partido


Aqui vai um pequeno apanhado geral para tirar as dúvidas entra as definições de conceito e partido na arquitetura. 

O CONCEITO
No processo de projeto, o arquiteto define um conceito. O  conceito expressa a ideia subjacente no desenho e orienta as decisões de projeto em uma determinada  direção, organizando e excluindo as variantes (LEUPEN, 2004).
Milwaukee Art Museum – Santiago Calatrava

Conceito situa-se num plano abstrato,  pode-se admitir várias soluções espaciais e formais viáveis, que devem ser testadas quanto às suas qualidades formais, construtivas ou funcionais para a definição do melhor partido. No dicionário Conceito é definido como:

1. Representação de um objeto pelo pensamento, por meio de suas características gerais.
2. Ação de formular uma ideia por meio de  palavras, definição, caracterização
3. Pensamento, ideia, opinião

O PARTIDO
O partido arquitetônico define as características gerais do projeto, como uma “consequência formal derivada de uma série de condicionantes ou determinantes, como um resultado físico da intervenção sugerida” (RABELLO, 2007). 
Entre as condicionantes ou determinantes que norteiam o partido arquitetônico estão o clima, condições físicas e topográficas do local escolhido, assim como seu entorno legislação pertinente, as técnicas construtivas disponíveis e o orçamento pré-definido. (SILVA, 1983).

O partido arquitetônico só pode ser imaginado após ter-se clareza plena dos aspectos conceituais do tema, do programa arquitetônico, das articulações de suas partes, de seu pré-dimensionamento e dos aspectos físicos do terreno, de sua forma, de seu relevo, da sua orientação solar e de ventos, de sua posição na malha urbanística, de seus acessos e das exigências da legislação.

Determinantes do projeto

O Partido arquitetônico pode surgir: 

1- Da análise do terreno- Localização / Fotos do local / Entorno / Visitas / Ligações / Acessos. 

2- Do programa de necessidades – Setorizarização/ Arranjo vertical / horizontal 

3- Dos Aspectos da implantação-Orientação / Insolação / Luz natural / Privilegiar o meio ambiente existente. 

4- Dos Aspectos Construtivos - Materiais / Partido estrutural 

5- Do Volume pretendido - Forma / Fachadas / Movimento / Transparência / Cor / Linhas curvas ou retas 

6- Dos Fluxos - Distribuição espacial das funções / Circulação principal / Integração espacial / Eixo norteador. 

7- Da Identidade - Imagem do lugar 

8- Dos Aspectos conceituais - Tema / História... 

9- Dos Critérios de viabilidade do Projeto - Econômica / Tecnico-construtiva / Respeito ao Meio Ambiente 

10- Da Posição Arquitetônica - determinado Arquiteto e/ou Tendência Contemporânea 

11- De Teorias / Idéias (Fruto de leituras, análises de projeto e reflexão sobre o tema). 

12- Da necessidade de Flexibilidade do projeto ( para crescimento futuro e/ou adaptações possíveis) 

13- Da legislação regulamentadora ( Código de obras, Leis de uso do solo, Ambiental,etc..)


RABELLO, R. O que é arquitetura. São Paulo. Disponível em: http://ricardo.arquiteto.vilabol.uol.com.br/Arquitetura.htm.
SILVA, E. Uma introdução ao projeto arquitetônico. Porto Alegre: Ed. Da Universidade UFRGS; Brasília, MEC/SESu/PROED, 1983. 122p.
LEUPEN, Bernard, et al. Proyecto y análisis: evolucion de los principios em arquitectura.Barcelona: Editora Gustavo Gilli, 2004.


domingo, 7 de outubro de 2012

Os Resíduos da Construção e Demolição


O RCD (Resíduo de Construção e Demolição) é geralmente definido como o resíduo que surge de através das atividades de renovação, reforma, construção, demolição, incluindo a escavação, aterramento, construção de infraestruturas, limpeza de áreas e construção de rodovias. (YUAN et al. 2010). E, para que tais atividades possam ocorrer, há o consumo de materiais, sendo que, atualmente no Brasil, tais materiais advêm de recursos naturais não renováveis.  A indústria da construção civil consome entre 14 e 50% dos recursos naturais extraídos do planeta; no Japão corresponde a cerca de 50% dos materiais que circulam na economia e, nos EUA, o consumo de mais de dois bilhões de toneladas representa cerca de 80% dos materiais circulantes (SCHNEIDER 2003).
A geração de resíduos é inevitável em qualquer processo produtivo e estes resíduos quando mal tratados causam problemas graves à gestão urbana, onde se pode destacar, dentre outros, o esgotamento prematuro de áreas de disposição, a degradação da flora e da fauna, e consequentemente, prejuízos aos cofres públicos.
É comumente entendido que a acumulação dos resíduos no meio ambiente é mais rápida do que a degradação natural dos mesmos. O processo de produção e consumo prejudicam o meio ambiente devido à contínua exploração acarretando no esgotamento dos recursos naturais (SAFIUDDIN et al. 2010). Além disso, várias substâncias tóxicas, tais como elevada concentração de emissões de monóxido de carbono, óxidos de enxofre e outras partículas em suspensão são invariavelmente emitidos para a atmosfera durante a fabricação dos materiais de construção.
O interesse pela preservação dos recursos naturais e a busca pelo desenvolvimento sustentável tem motivado um grande número de pesquisadores visando obter materiais de construção não convencionais através do uso dos resíduos da construção civil. Há tempos, inúmeras iniciativas industriais e públicas foram lançadas a fim de fazer desenvolver conhecimentos, práticas e mudanças no modo de pensar relacionadas à aceitabilidade do uso de resíduos como matéria-prima ao invés de matéria-prima de recursos novos para a produção dos produtos de construção.
Para Chateau (2006), a avaliação de risco ambiental emerge como uma questão-chave no processo de decisão entre as diferentes opções sobre os problemas referentes à gestão de resíduos. Ao mesmo tempo, os produtores de resíduos nos países da Europa têm tentado encontrar soluções alternativas para disposição em aterros, por diferentes razões: o crescente aumento do custo da disposição nos aterros, o quadro regulamentar de incentivo à recuperação, tanto quanto possível assegurar a saúde e as condições ambientais, responder a crescente pressão social e o compromisso ambiental de um ciclo de melhoria contínua.
Referências: 
CHATEAU, Laurent . Environmental acceptability of beneficial use of waste as construction material—State of knowledge, current practices and future developments in Europe and in France. Journal of Hazardous Materials. Elsevier, 2007, p. 556–562.
SAFIUDDIN, Md; JUMAAT, Mohd Zamin;. SALAM, M. A; ISLAM, M. S; HASHIM, R. Utilization of solid wastes in construction materials. International Journal of the Physical Sciences Vol. 5(13). Academic Journals, 2010, p. 1952-1963.
SCHNEIDER, Dan Moche, Deposições Irregulares de Resíduos da Construção Civil na Cidade de São Paulo. São Paulo, 2003. Dissertação de mestrado. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
YUAN, Fang; SHEN, Li-yin; LI, Qi-ming. Emergy analysis of the recycling options for construction and demolition waste. Waste Management 31 (2011) 2503–2511.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Estou de volta! (Eu acho)


Olá povo (alguém ainda lê o blog?)! Estou voltando com o blog, havia deixado ele por um tempo devido a correria do mestrado e outros trabalhos que tenho desenvolvido. Mas enfim tentarei voltar com as postagens. Na semana passada recebi boas críticas de um aluno de arquitetura que eu nunca vi na vida, a respeito dos conteúdos postados aqui. Sinceramente fiquei surpreso, eu utilizava o blog para postar alguns estudos particulares e quando isso passa a auxiliar outras pessoas "a coisa" fica mais interessante. Então, estou de volta, provavelmente com uma quantidade inferior de postagens, mas buscando qualidade sempre. 
Até mais! 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Cuidado com o consumo de recursos naturais e manufaturados


As recomendações aqui pertinentes dizem respeito aos produtos utilizados e aos seus fornecedores,procurando se incorporar critérios de sustentabilidade na aquisição de bens e na contratação de serviços, perpassando outros aspectos relacionados à gestão do canteiro. Por suas conseqüências nos ecossistemas e em questões mais amplas, como a do aquecimento global pelo efeito estufa, a escolha da madeira e de seu fornecedor adquire grande importância. As principais recomendações são:

- Implementar medidas que levem à minimização das perdas incorporadas, envolvendo projeto, planejamento, oferta de produtos adequados (normalização técnica, conformidade, desempenho, coordenação modular, etc.), gestão da produção, equipamentos adequados, capacitação da mão-de-obra em todos os níveis, etc.
- Priorizar produtos reciclados ou que permitam posterior reaproveitamento.
- Preferir o uso de produtos disponíveis localmente.
- Considerar, ao definir o tipo de madeira a ser utilizada, as características das peças a serem detalhadas para adequar o projeto às medidas das peças disponíveis no mercado com o objetivo de evitar perdas por cortes e emendas desnecessárias.
- Comprar madeiras somente de empresas que possam comprovar a sua origem, seja por meio de certificação legal (FSC, SOF, Cerflor etc) ou de um plano de manejo aprovado pelo Ibama, com a apresentação de nota fiscal e documento de transporte.
- Utilizar espécies de madeiras alternativas às tradicionais que se encontram sob pressão de exploração.
- Substituir madeiras conservadas com venenos à base de cromo e arsênico.
- Realizar um projeto de fôrmas adequado e assegurar-se de sua boa fabricação e uso (montagem e desmontagem), permitindo que as mesmas sejam reutilizadas um grande número de vezes.
- Dar preferência à contratação ou à compra de fornecedores que sejam socialmente responsáveis: que não trabalhem com mão-de-obra informal; que estejam em dia com suas obrigações tributárias e fiscais; que participem de seus programas setoriais da qualidade, não praticando concorrência desleal e seguindo a normalização técnica e a legislação; que pratiquem uma política de remuneração, benefícios e carreira justa com seus funcionários e seus próprios fornecedores; que valorizem o trinômio ‘saúde, segurança e condições de trabalho’; que respeitem o ambiente.
- Dar preferência à contratação de fornecedores que seja capazes de demonstrar sua capacitação tecnológica para realizar o serviço especializado de execução para o qual estão sendo contratados.
- Preferir produtos acondicionados em grandes volumes; exigir que os fornecedores utilizem palettes retornáveis e recolham as embalagens já utilizadas; preferir fornecedores que proponham embalagens reduzidas ou que sejam flexíveis e possam ser compactadas, e que, sobretudo, possam ser reaproveitadas; planejar as entregas de modo a minimizar o consumo de embalagens.
- Dispensar cuidados especiais à proteção dos serviços acabados, evitando danos por ação mecânica (choques, quedas de objeto, etc.) ou deterioração (intempéries, ação do sol, calor, manchas, etc.).


Algumas dificuldades existem para a implementação dessas medidas, que precisam ser superadas pelo maior desenvolvimento tecnológico, relacionadas:

- à implementação de medidas que levem à minimização das perdas incorporadas;
- ao baixo número de produtos reciclados disponíveis no mercado;
- à pequena participação no mercado de empresas que possam comprovar a origem de sua madeira e ao preço ainda elevado das madeiras de origem certificada;
- à ausência de mecanismos para caracterizar fornecedores que sejam socialmente responsáveis;
- à ausência de mecanismos para caracterizar fornecedores capazes de demonstrar sua capacitação tecnológica;
- à problemas na cadeia de suprimentos (falta da cultura no uso de paletes; baixo emprego de equipamentos de transporte; ausência de planejamento de entregas; etc.).

referência bibliográfica: CARDOSO F. F., Canteiro - Inovações tecnológicas e Políticas Públicas

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ventilação Natural


Segundo Santamouris (2005), a ventilação natural é uma técnica muito importante e simples que quando usada apropriadamente, serve para:
a) Contribuir a resolver problemas de qualidade do ar interna através da diminuição de poluentes internos;
b) Melhora as condições de conforto térmico em ambientes fechados e;
c) Reduz o consumo de energia de edificações condicionadas mecanicamente.

Sendo que para que a ventilação seja uma estratégia de projeto efetiva, a concentração de poluentes externos deve ser menor que a dos poluentes internos; a temperatura externa deve estar dentro dos limites de conforto e a ventilação natural não deve causar outros problemas como ruído ou falta de privacidade.


O uso da ventilação como estratégia para um resfriamento passivo da edificação e para melhoria do conforto dos ocupantes depende da incidência de ventos no local. Para locais com vento estável e intensidade > 3.0 m/s, a ventilação é a estratégia de refrigeração mais simples e eficiente, enquanto o que o vento pode ser indesejável para To acima de 34 C, sendo também importante considerar o uso de ventilação mecânica complementar para períodos de calmaria (BITTENCOURT; CÂNDIDO, 2005).

Existem diversas estratégias de aplicação da ventilação natural no projeto, que podem ser pensadas de forma única ou atuando em conjunto; sendo algumas delas ilustradas nas Figuras a seguir.

-Ventilação cruzada: Ocorre quando o ar entra na edificação por um lado, passa pelo espaço interno e sai por outro lado. A configuração no fluxo do ar de uma edificação é determinada pelo tamanho e localização das aberturas de entrada do ar na parede, sendo que entre mais perpendicular seja a abertura à direção do vento predominante maior a sua eficácia; assim como pelo tipo e a configuração das aberturas usadas e a localização de outros componentes arquitetônicos próximos às aberturas (divisórias internas, protetores solares, marquises, etc.) (BITTENCOURT; CÂNDIDO, 2005)



- Ventilação através do efeito chaminé: Considera que a taxa de ventilação aumenta com a diferença de temperatura do ar, já que o ar interno mais quente tende a sair através de aberturas mais altas da edificação, sendo substituído por ar mais frio que entra através das aberturas mais baixas (Figura 14). A distância vertical entre as aberturas influi aumentando a taxa de ventilação quanto maior a distância na altura entre as aberturas.
                                 

-

Ventilação noturna: Quando da incidência de ventos significativos no período noturno, esta estratégia pode ser usada para manter a temperatura interna confortável durante o dia, especialmente durante o verão, através do esfriamento da edificação à noite. O ambiente deve ter maior capacidade térmica. Podem ser usadas estratégias como a do “peitoril ventilado” ilustrada na Figura 15, para garantir tanto ventilação diurna quanto noturna no ambiente.

- Ventilação por baixo da edificação: Estratégia usada pelas construções em pilotis.

- Ventilação pela cobertura: As saídas de ar podem estar junto a cumeeira ou ventilação através do forro por meio de câmara de ar ventilada.

- Ventilação através de espaços intermediários (pátios): Estratégia usada geralmente para climas quentes e secos, que poderia se estender para outras regiões climáticas, através da qual sepermite, maior circulação do ar por meio de espaços intermediários associados a corredores e quartos que permitam uma circulação cruzada nos ambientes, o que pode ser alcançado por meio de venezianas associadas às portas internas dos ambientes.

- Fachada dupla ventilada: Atuam como zonas de transição entre o exterior e o interior, já que reduzem a perda de calor no inverno e o ganho de calor no verão por não ter-se uma radiação direta no ambiente. Quando se combina ventilação do espaço entre as duas fachadas, melhora o seu desempenho. A fachada dupla pode consistir também numa fachada verde por meio de pergolado vertical com vegetação.



- Ventilação com efeito chaminé balanceado: Segundo Ghiaus e Roulet (2005), nesta estratégia o ar entra numa chaminé onde a temperatura está perto da externa, passa através do ambiente e sai através de outra chaminé que carrega o ar mais quente, como ilustrado na Figura 16.

Para climas quentes e secos pode ser colocado spray de água dentro da chaminé de entrada do ar, incorporando junto à estratégia de resfriamento evaporativo passivo. Também através do aquecimento de um dos dutos de ventilação, aumenta-se a pressão o que resulta numa diferença de temperatura maior do que nos sistemas convencionais.

fonte: Levantamento do estado da arte: Energia; Projeto Tecnologias para construção habitacional mais sustentável Projeto Finep 2386/04, São Paulo, 2007




quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sistema de Reuso de Água “Zona de Raízes”




Também conhecido por Solos Filtrantes ou Wetlands, são sistemas que aproveitam as características filtrantes de um solo preparado para se fazer o tratamento do efluente doméstico. Esse sistema é composto por uma vala preenchida com camadas de areia, pedras de diversas granulometrias e um preparo de solo altamente alcalino. Nesta vala são dispostas uma “malha” de drenos na cota mais profunda e uma outra de dispersores na camada mais superficial.

Neste sistema, o efluente de esgoto passa inicialmente por uma fossa séptica e por um decantador e,
depois, é encaminhado para a malha dispersora que o distribui superficialmente sobre a valafiltran-te. O efluente percola pelas camadas da vala até ser novamente coletado pela rede drenante constituída por tubos perfurados. Segundo Artemec (2003), se bem dimensionado, este tipo de sistema pode ter elevado desempenho na remoção da maioria da carga poluidora presente nos esgotos doméstico.

O processo de descontaminação da água de reúso torna-se mais eficiente quando vegetações do tipo juncos ou taboa são plantadas na superfície da área destinada ao lançamento do efluente a ser tratado. Várias destas espécies possuem grande capacidade de desenvolvimento em condições de baixa oxigenação dos solos saturados de água. Fornecendo oxigênio pela raiz, a vegetação cria condições ideais para a proliferação de bactérias, melhorando os processos biológicos de degradação da carga orgânica.

Ao contrário dos sistemas convencionais de tratamento de efluentes domésticos, o sistema de zonas de raízes processa quase que completamente a carga poluidora transformando-a em materiais inofensivos e até mesmo úteis para o desenvolvimento das plantas.

Esse sistema de tratamento opera através de um processo natural não sendo necessário o consumo de energia elétrica durante o processo, exceto para o sistema de recalque. Outra vantagem deste sistema é que ele proporciona, também, a infiltração de água de chuva que precipita sobre a vala filtrante. Seu desempenho de tratamento geralmente é elevado possibilitando a produção de água de reúso para sistemas de descarga de bacias sanitárias, irrigação de jardins e lavagem de pisos. No caso de atender a unidades habitacionais de interesse social isoladas torna-se restritivo em função das pequenas áreas dos lotes.

fonte: Projeto - Tecnologias para construção habitacional mais sustentável - Levantamento do estado da arte: Água

sexta-feira, 30 de março de 2012

Biciclotree


Esta postagem nasceu de uma brincadeira dentro da sala de aula. Este desenho surgiu de uma discussão de qual o impacto que um carro gera ao meio ambiente e qual seria o impacto que bicicletas gerariam utilizando o mesmo espaço de um carro dentro do contexto urbano. Então pegamos uma vaga de carro 5mx2,5m e fizemos um estudo de quantas bicicletas podem ser colocadas na mesma área e uma proposta para seu novo uso e no final um calculo mostrando o quanto seria retirado de poluição de ar se trocasse 16 carros por 16 bicicletas. 





quinta-feira, 29 de março de 2012

Consumo X Energia Elétrica


Segundo Eletrobrás (BRASIL, 2004), no ano de 2004, o consumo de energia elétrica no setor residencial foi de 78,5 TWh, crescendo 3,0% em relação ao consumo de 2003 e atendendo a cerca de 46,8 milhões de consumidores. O setor residencial responde por 24% do consumo total de energia elétrica no país e, dentro deste setor, tem-se uma participação média de 26% do consumo total atribuído ao aquecimento de água, segundo a PROCEL (BRASIL, 2005). Portanto, conclui-se facilmente que apenas o aquecimento de água para banho em residências brasileiras é responsável por mais de 6,0% de todo o consumo nacional de energia elétrica.

No cenário brasileiro, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de incentivo ao uso de energias renováveis complementares à atual geração hidrelétrica. Busca-se, dessa forma, garantir níveis de fornecimento de energia elétrica necessários ao crescimento populacional e universalização dos serviços de energia, ao crescimento econômico e à geração de novos postos de trabalho, com menor impacto ambiental possível. A energia solar térmica tem-se mostrado não apenas como solução técnica e economicamente viável para os problemas de redução do consumo de energia elétrica no setor residencial brasileiro e de modulação da curva de carga das concessionárias de energia, como também age sob a forma de mecanismo de desenvolvimento limpo para a nação.

No caso do aquecimento solar de água em substituição aos chuveiros elétricos, deve-se ressaltar ainda que, embora não ocorra geração de energia em seu sentido mais restrito, a retirada dos aquecedores elétricos instantâneos (chuveiros elétricos) e a correspondente redução de sua participação no horário de pico de demanda das concessionárias de energia elétrica do país, pode ser interpretada como uma intensa e constante geração virtual de energia elétrica. Finalmente, vale lembrar que o Brasil se encontra em uma região entre trópicos e próximo à linha do equador privilegiando-se dos elevados índices solarimétricos que são determinantes para o crescente aproveitamento do aquecimento solar.

O aquecimento solar no Brasil começou a ser desenvolvido comercialmente na década de 70, mas somente a partir dos anos 90 é que o mercado obteve taxas de crescimento elevadas, principalmente devido á implantação do PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem coordenado pelo INMETRO.

A Tabela 1 mostra a evolução do mercado de aquecimento solar no Brasil desde 1985.
fonte: Tecnologias para construção habitacional mais sustentável

segunda-feira, 26 de março de 2012

Quarta Sustentável. Vale a pena! Reflexões sobre a Rio+20: Cidades Sustentáveis e do Conhecimento

Ajudando a divulgar um trabalho que acho muito legal, importante e de fácil acesso a todos! Essas "Quartas" são seminários sobre sustentabilidade promovidos pela UNB e que podem ser assistidos online sem nenhum custo. As Quartas Sustentáveis fazem parte de uma estratégia do CDS (Centro de Desenvolvimento Sustentável) para dialogar com diferentes pensadores das dimensões do desenvolvimento sustentável, disseminando ideias e problemas a respeito junto a formadores de opinião, e enriquecendo o debate e seus participantes.




A palestra dessa semana é 

Data Evento:28 de Março de 2012
Título:"Reflexões sobre a Rio+20: Cidades Sustentáveis e do Conhecimento"
Local:Módulo Central do Centro de Excelência em Turismo - CET, Campus UnB, Av. L3 Norte
Hora:17 hs
Palestrante(s): 
Márcio Pochmann (IPEA)

Transmissão ao vivo pela UnBTV: http://www.unbcds.pro.br/quarta/index.htm 

quinta-feira, 22 de março de 2012

O papel da bicicleta para a mobilidade urbana e a inclusão social



 Qual a imagem da bicicleta para melhorar a qualidade de vida.
Uma das grandes questões que se apresentam para os planejadores de transportes em relação à bicicleta é de ordem comportamental, ou seja, qual a imagem que o ciclista tem ao usar a bicicleta como meio de transporte, dentro de uma sociedade que desenvolveu no imaginário das pessoas a idéia que o automóvel é o símbolo máximo de status e liberdade, ao passo que associou  o ciclista à idéia de fracasso. A situação só mudará com um novo posicionamento da viagem da bicicleta enquanto produto dentro da ótica do marketing e o desenvolvimento de um forte esquema de comunicação para conseguir mudar a imagem do ciclista, mostrando para ele e principalmente para os usuários de outros modos de transportes, e da sociedade de forma geral que a bicicleta agrega valores em termos de qualidade de vida tanto no que diz respeito à fluidez do trânsito de maneira geral como para o meio ambiente conforme o quadro anexo.

Um breve roteiro para planejamento
O planejamento de um sistema cicloviário, em função do grau de inovação, deve antes de qualquer coisa levar em conta os seguintes conceitos desenvolvidos a partir da abordagem ambiental cenário de 2.010 em função da escassez energética e da poluição.
Transversalidade: Um Programa dessa ordem deve ser amarrado, no caso de uma prefeitura alem do gestor de transporte e trânsito no mínimo as secretarias de educação em função de programas de pilotagem defensiva, de saúde e de esportes em função de programas de condicionamento físico, e alimentação adequada e de comunicação em função de todo esquema de divulgação envolvida num plano desse e a sociedade usuários e não usuários e evidente com as secretarias de meioa ambiente em função desse escopo e da matriz energética.
Sustentabilidade: Um programa desse tipo que agrega valores em termos de qualidade de vida tem que ser desenvolvido na sua implantação a partir da visão  do ganho que a cidade terá em termos de redução da poluição e de uma matriz energética dos transportes com menor impacto no que diz respeito a combustível fóssil. Também deve ser a  possibilidade de um programa desse tipo  se viabilizar financeiramente através de parcerias dentro da ótica da responsabilidade social, bem como através de unidades estratégicas de negócios como o bicicletário de Mauá junto à estação da CPTM e operado, através de terreno cedido a título precário para uma associação de ciclistas, hoje esse bicicletário recebe 800 bicicletas/dia a um custo por parte do usuário de R$ 7,00 / mês.
Controle social: É a participação da população, os ciclistas e a sociedade em geral a partir da capacitação de agentes multiplicadores que garantem o êxito de um programa com um grau de inovação tão grande como esse.
Esses são os pressupostos que garantirão a capacidade política de um programa como esse.
Ao mesmo tempo parte-se para o levantamento:
Do sistema viário,
Do sistema de transportes
Dos pólos geradores de viagens
A partir desse levantamento e da estimativa da população a ser atendida realizar um programa de pesquisas quantitativas e qualitativas, para finalmente definir o Programa Cicloviário em termos de formas de circulação (ciclovias, ciclofaixas e circulação partilhada), formas de sinalização (vertical, horizontal e semafórica), formas de estacionamentos (bicicletários e paraciclos) formas de identificação (marcas e cores) e sua área de abrangência.
Modelo de Gestão
O modelo de gestão de um Programa cicloviário deve ser ao mesmo tempo representativo e enxuto. Representativo no sentido de envolver elementos da transversalidade já citada, e enxuto no sentido de apresentar uma agilidade de implantar as medidas necessárias em termos de projetos e atividades e negociar com a iniciativa privada implantação de unidades estratégicas de negócios como bicicletários e publicidade em mídias predefinidas nos mobiliários urbanos inerentes a um sistema cicloviário e a todo material impresso e eletrônico fundamental ao êxito de um programa desse tipo no limite final pode-se delegar essa gestão até para associações de ciclistas usuários desse sistema cicloviário. 


por: Arquiteto Sérgio Luiz Bianco - Coordenador GT Bicicleta ANTP

terça-feira, 20 de março de 2012

Projeto Shelters For All - Concurso.


Hoje estarei postando o meu primeiro projeto de concurso, o concurso Shelters for All tem o objetivo de trazer a discussão sobre habitação de qualidade para pessoas que vivem em extrema pobreza, sustentabilidade, habitação de baixo custo e que pudesse ser construida pelos usuários; não tive sorte sobre o resultado mas tirei muito aprendizado com esse concurso. Participar de concurso internacionais te estimula a dar o melhor de si e te mostra o tão pouco você (eu pelo menos) sabe a respeito de uma construção com qualidade ou uma gestão de projeto arquitetônico.  Tive que aprender alguns softwares para tentar chegar em um nível próximo dos concorrentes do exterior no quesito simulação da eficiência de edificações. O resultado oficial ainda não saiu, mas quando for anunciado irei postar o vencedores pois acredito que este tipo de arquitetura humanitária deve ser divulgada, discutida e parabenizada! Acho que é isso, ando com pouco tempo e diminuirei minha frequência de postagem no Blog. 

Concept 
The concept was to develop three main principles in the project. A social sustainability, a modular system and energy efficiency for a house for the people living at home with poor conditions.

Social Sustainability - design to be built with local materials, local labor.Construction are all locally sourced materials - rammed earth walls, Dahoma wood, bamboo and Can all be found nearby to construct the home. Meanwhile, local people would be taught how to build the homes, giving Them a new skill set and boosting the economy.garden in the courtyard, which helps provide some of the family's food. The small scale septic tank manages the household's waste, while organic waste is composted in the yard.

Modular System - purpose of optimizing the assembly, transport and ease of expansion of the house. The study began with 1x1 modules reaching the final modules of 4 x 4 and through their united with other modules of the same size are formed with larger ones. With the use of modules, the house has the possibility of flexibility to expand their existing environments without interference on the constructed spaces, according to the growth of families. The house is made from four 4x4 modules and within this spaces are created the program to form a single-family home design.

Energy Efficiency - Use of natural resources, natural ventilation, solar heater, natural materials and quality architecture in order to sustentability and low footprint. The idea focused on this principle is to use inexpensive technologies that can be applied in the project so as to minimize energy use and maximize the comfort of family.
 







sexta-feira, 16 de março de 2012

Exemplos de Arquitetura Abaixo da Terra

Joanneum Museum
 

The Round Tower

Drents Museum

Fortress Franzesfeste

Interactive Museum of the History of Lugo


 Museo ABC


Extensão Museu Staedel

Hyllie Station

Wadi Resort

The Cave

Women at war

Cottages Fallingwater

Earth House

Fovám tér
fonte: Dezee