quinta-feira, 29 de março de 2012

Consumo X Energia Elétrica


Segundo Eletrobrás (BRASIL, 2004), no ano de 2004, o consumo de energia elétrica no setor residencial foi de 78,5 TWh, crescendo 3,0% em relação ao consumo de 2003 e atendendo a cerca de 46,8 milhões de consumidores. O setor residencial responde por 24% do consumo total de energia elétrica no país e, dentro deste setor, tem-se uma participação média de 26% do consumo total atribuído ao aquecimento de água, segundo a PROCEL (BRASIL, 2005). Portanto, conclui-se facilmente que apenas o aquecimento de água para banho em residências brasileiras é responsável por mais de 6,0% de todo o consumo nacional de energia elétrica.

No cenário brasileiro, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de incentivo ao uso de energias renováveis complementares à atual geração hidrelétrica. Busca-se, dessa forma, garantir níveis de fornecimento de energia elétrica necessários ao crescimento populacional e universalização dos serviços de energia, ao crescimento econômico e à geração de novos postos de trabalho, com menor impacto ambiental possível. A energia solar térmica tem-se mostrado não apenas como solução técnica e economicamente viável para os problemas de redução do consumo de energia elétrica no setor residencial brasileiro e de modulação da curva de carga das concessionárias de energia, como também age sob a forma de mecanismo de desenvolvimento limpo para a nação.

No caso do aquecimento solar de água em substituição aos chuveiros elétricos, deve-se ressaltar ainda que, embora não ocorra geração de energia em seu sentido mais restrito, a retirada dos aquecedores elétricos instantâneos (chuveiros elétricos) e a correspondente redução de sua participação no horário de pico de demanda das concessionárias de energia elétrica do país, pode ser interpretada como uma intensa e constante geração virtual de energia elétrica. Finalmente, vale lembrar que o Brasil se encontra em uma região entre trópicos e próximo à linha do equador privilegiando-se dos elevados índices solarimétricos que são determinantes para o crescente aproveitamento do aquecimento solar.

O aquecimento solar no Brasil começou a ser desenvolvido comercialmente na década de 70, mas somente a partir dos anos 90 é que o mercado obteve taxas de crescimento elevadas, principalmente devido á implantação do PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem coordenado pelo INMETRO.

A Tabela 1 mostra a evolução do mercado de aquecimento solar no Brasil desde 1985.
fonte: Tecnologias para construção habitacional mais sustentável

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