quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Reutilizando edifícios abandonados


Se você é interessado pelo tema da sustentabilidade, com certeza já ouviu falar que a redução de consumo é vital para que possamos continuar habitando nosso planeta. Diminuir o consumo significa principalmente reduzir os resíduos, que são despejados diariamente no mar, em rios, terrenos baldios ou em aterros sanitários.

Mas você sabia que cerca de 65% dos resíduos sólidos produzidos nas cidades são entulhos de construções? Demolições, reformas, ampliações de edificações geram um volume gigantesco de lixo que não é aproveitado e fica depositado muitas vezes em locais irregulares. Cada metro quadrado construído gera cerca de 150 kg de resíduos!
Para diminuir este impacto, uma ideia que vem ganhando força nos últimos anos é a reutilização de edifícios abandonados: ao invés de demolí-los, gerando toneladas de entulho, reaproveita-se as estruturas e infra-estruturas para novos usos. Isso vem ganhando força principalmente na Europa e começa a ser considerada no Brasil.

Na Holanda, o escritório NL Architects projetou um centro multi-cultural dentro de silos abandonados na cidade de Amsterdam, com direito a parede de escalada, academia, teatro, escritórios e estúdio de música. Eis as imagens do “antes-e-depois” e uma perspectiva interna do edifício (para maiores informações, acesse este link):




Já na Dinamarca, uma torre de água foi transformada em moradia estudantil. O projeto é do escritório Dorte Mandrup e você pode ter mais informações sobre o edifício aqui:

No Brasil há uma iniciativa muito bacana de reutilização de edifícios abandonados no centro das grandes cidades para habitação social: o nome do projeto é Moradia Central e tem como princípio a revitalização de imóveis degradados e a diminuição do deslocamento moradia-trabalho, que consome cada dia mais tempo e energia. Essa inclusão da população de baixa renda no acesso às cidades é uma forma de sustentabilidade: a social.
Se na sua região tem algum edifício abandonado, envolva sua comunidade, discuta um novo uso para a área: muitas vezes o valor devido de impostos do imóvel ultrapassa seu valor comercial, possibilitando que a Prefeitura se aproprie do lugar. Quem sabe aquele prédio feio não se transforme em algo útil para a cidade?

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